A Sociedade e o Estado Perante a Medida de Segurança Brasileira e a Estigmatização do Criminoso com Transtorno Mental

Authors

  • Raquel Helena Hernandez Fernandes
  • Daniel Pacheco Pontes
  • Carla Aparecida Arena Ventura

DOI:

https://doi.org/10.17063/bjfs4(4)y2015430

Keywords:

Crime, Crime, Mental disorder, Transtorno mental, Security measure, Medida de segurança, Stigmatization, Estigmatização, Progressive suspension of internment, Desinternação progressiva

Abstract

Os transtornos mentais sempre foram motivos de discussão, medo e preconceitos. Consequentemente, as pessoas com transtornos mentais pagam um preço muito alto para viver em sociedade, uma vez que são marginalizados. Vítima dessa condição de marginalização tem-se o criminoso com transtorno mental, o qual sofre por possuir o transtorno mental e por ter cometido um crime em virtude de sua condição psíquica. No Brasil, esses indivíduos ficam custodiados pelo Estado, por meio da medida de segurança, na modalidade de internação, com o objetivo de curá-los ou mantê-los controlados para um bom convívio em sociedade. Porém, a responsabilidade estatal é pouco cumprida, já que os Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico não possuem estruturas para fornecer um bom tratamento a esses indivíduos, o que pode levar a uma cultura de eugenia e a psicofobia. Assim, este trabalho tem por objetivo demonstrar e trazer a reflexão, através de estudos e análises de artigos científicos, doutrinas jurídicas e psiquiátricas, e legislações, que o criminoso com transtorno mental, no Brasil, não tem amparos estatal e social para tratamento e, consequentemente, a sua reinserção social é impossibilitada, fazendo com que a desinternação progressiva seja uma possível solução para amenizar esse cenário.

Published

2015-09-19

How to Cite

Raquel Helena Hernandez Fernandes, Daniel Pacheco Pontes, & Carla Aparecida Arena Ventura. (2015). A Sociedade e o Estado Perante a Medida de Segurança Brasileira e a Estigmatização do Criminoso com Transtorno Mental. Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics, 4(4), 430–451. https://doi.org/10.17063/bjfs4(4)y2015430